Batizado dos médiuns de Umbanda

Batizado dos médiuns de Umbanda

09.06.2013_Batizado das CriançasQualquer pessoa que queira, sendo médium ou não pode se batizar na religião da Umbanda. Para tanto, é necessário escolher um padrinho e madrinha espirituais (guias espirituais) que tem maior afinidade e carinho especial.

Essas entidades escolhidas farão parte do panteão no astral de proteção do batizando e, em caso de aflições e necessidades poderão vir ao seu socorro, caso sejam evocados.

Da parte do médium, à todas entidades devemos respeito mas, aos padrinhos e madrinhas como maior ato respeitoso, tomar-lhes a bênção e estar sempre em conexão por amparo e sustentação.

Quem for se batizar deve comunicar os médiuns que trabalham com as Entidades escolhidas para que eles também possam se preparar previamente, realizando os preceitos abaixo.

Para organização, precisamos saber quem irá se batizar. Pedimos que a dirigente seja avisada o quanto antes.

Na semana que precede o batizado, a pessoa deve ter o cuidado de evitar:

  • Carne vermelha, porque nela reside ainda restos da vibração resultante da morte do animal, é de difícil digestão e altera o magnetismo natural do médium;
  • Relações sexuais, não por ser pecado, mas em todo relacionamento sexual existe troca de vibrações entre os parceiros e o filho de fé deve ofertar, acima de tudo, em sua apresentação ao orixá sua vibração humana, mais original possível;
  • Álcool e drogas , pois sendo o que são, além de provocar alterações no campo vibratório, também exercem atração sobre espíritos inferiores.

Cronograma da semana:

  • 1º dia: uma vela branca de sete dias oferecendo a seu Anjo da Guarda, pai Oxalá e as Sete linhas de Umbanda pedindo amparo, força e proteção. Rodear essa vela com mel ou açúcar.
    Tomar banho de sal grosso, da cabeça aos pés para limpeza.
  • 2º dia: retornar à vela fazendo novamente sua prece de preferência no mesmo horário do dia anterior.
    Tomar banho de arruda e anis estrelado para purificação de seu campo mediúnico e favorecimento da mediunidade.
  • 3º dia: fazer novamente a oração junto à vela.
    Tomar banho de guiné, manjericão e jasmim para purificação e fortalecimento da mediunidade.
  • 4º dia: renovar a oração com a vela.
    Tomar banho com boldo, espada de São Jorge e pétalas de rosas brancas.
  • 5º dia: renovação da oração com a vela já acesa no primeiro dia. Tomar banho com malva e espada de Santa Bárbara.
  • 6º dia: oração de fortalecimento e banho com capim cidreira e flores do campo.
  • 7º dia (sábado) o médium deverá levar:Uma vela branca de batismo;
    Uma pemba virgem branca;
    Seu pano de cabeça;
    Sua guia de pai Oxalá;
    Sua toalha de pescoço;
    Uma espada de São Jorge e um Crisântemo;

Evangelho no lar – mãe Egunitá

Ritual: acender a vela branca ladeada com as pétalas, ervas e a jarra com água. Pode-se acender um incenso.
Caso tenha algum nome ou foto, colocar ao lado da vela.

Oração: rezar a Ave Maria, o Pai Nosso ou outra que seja do agrado iniciando assim a sessão do Evangelho.

Explanação: as pessoas que se sentirem a vontade, poderão expor suas opiniões em relação ao texto.

Amada mãe Egunitá, diante de vossa luz e bondade, nós vos reverenciamos e evocamos, pedindo vosso amparo para que possamos ter o entendimento da lei e do equilíbrio divino. Pedimos, querida mãe, que nos acumule de equilíbrio e nos torne irradiantes da justiça do vosso amor e da vossa misericórdia.
Propicie-nos, mãe justa, a aquisição de uma fé inquebrantável, para sermos equilibradores de nossos semelhantes, servirmos aos semelhantes e principalmente, a Deus. Ajude-nos a agir sempre com razão, equilíbrio e justiça, servindo a luz e sendo sempre. Aqueça-nos, ampare-nos, sustente-nos, guie-nos, conduza-nos e envolva-nos em todos os sentidos, carnais e espirituais.
Purifique em nosso íntimo e em nossos instintos interiores todas as vibrações e sentimentos negativos e nos dê o equilíbrio da justiça divina, para que sejamos prósperos, fraternos, amorosos e generosos, com tudo e com todos que nos cercam e compartilham a nossa vida e destino.
Fazei com que busquemos cada vez mais, os bons ensinamentos, sentimentos e atitudes que nos elevem e nos conduzam à luz do nosso Divino Criador.

Amém!

Encerramento: ao termino do culto, as pessoas poderão beber a água fluidificada. Os moradores poderão se beneficiar com banho utilizando as pétalas das flores ou ervas.

A purificação
Purificar é limpar desembaraços, é desimpregnar um ser, física e espiritualmente. A divindade que purifica os excessos emocionais dos seres desiquilibrados, desvirtuados e viciados é mãe Egunitá. Os vícios emocionais tornam os seres mais insensíveis à dor alheia.
O fogo é um elemento muito temido. Mãe Egunitá, no panteão hindu, era conhecida como a deusa Kali, divindade temida e evitada por todos que desconheciam seu mistério. O fogo de Egunitá consome as energias dos seres apaixonados, emocionados, fanatizados ou desequilibrados, reduzindo a chama individual de cada um, resfriando-o de imediato.
Egunitá rege o fogo da purificação dos ambientes religiosos, das casas, do íntimo dos seres e das injustiças.
Mãe Egunitá, assim como todos os orixás possui aspectos positivos e negativos. Os positivos entram em nossas vidas acelerando nossa evolução. Já os negativos, nos paralisam.
Nem todos cultuam o Orixá Egunitá, mesmo na Umbanda.
Muitos permanecem cultuando “Iansã do Fogo”. Haveria certo e errado, nessa questão? Pensamos que não. O importante é caminharmos no sentido de buscar um entendimento da vida e de nós mesmos. Fazer isso de forma sincera, de todo o coração, e com amor pela nossa vida e pela Vida Maior, sempre respeitando as crenças alheias. O importante é que os Orixás nos amam, nos conhecem e nos reconhecem como seus filhos, independente do modo como nos dirigimos a Eles.

Salve mãe Egunitá!
(Manual doutrinário ritualístico e comportamental umbandista – Editora Madras – adaptado)
(Instituto Cultural Sete Porteiras Do Brasil)


Evangelho no lar – pai Oxóssi

Ritual: acender a vela branca ladeada com as pétalas, ervas e a jarra com água. Pode-se acender um incenso. Caso tenha algum nome ou foto, colocar ao lado da vela.

Oração: rezar a Ave Maria, o Pai Nosso ou outra que seja do agrado iniciando assim a sessão do Evangelho.

Leitura do texto

Explanação: as pessoas que se sentirem a vontade, poderão expor suas opiniões em relação ao texto.

Evocação: Amado pai Oxóssi, nós familiares e amigos aqui reunidos, vos evocamos e pedimos que nos cure dos males e doenças que nos afligem, ou a todas as pessoas, espíritos e criaturas que aqui não puderam chegar mas estão ligadas a nós pelos invisíveis fios do destino. Clamamos para nos envolver em vossa irradiação e, se for de nosso merecimento, sejam cortados e purificados os negativismos à nossa volta e afastados de nossas vidas os tormentos da ignorância falta de conhecimento, falta de fé, de passividade, de angústia, de solidão, de apatia e de maldade. Divino pai do conhecimento, permita que vossos guerreiros da luz venham em nosso auxílio, beneficiando nossa evolução. Conceda-nos o raciocínio divino para que sejamos prósperos, fraternos, amorosos e generosos com todos que nos cercam. Purifique nossos lares, familiares e amigos, formando ao nosso redor uma proteção de luz. Para que possamos ficar em paz e protegidos por vossa sagrada irradiação.
Rogamos a vós, para que sempre tenhamos um trabalho digno e que nunca nos falte, pelo menos o básico para nossa sobrevivência e a de nossos dependentes.

Salve pai Oxóssi!

Encerramento: ao termino do culto, as pessoas poderão beber a água fluidificada. Os moradores poderão se beneficiar com banho utilizando as pétalas das flores ou ervas.

Texto para leitura: O conhecimento

O conhecimento é um dos alicerces básicos para continuarmos ou começarmos nossa evolução, seja material, espiritual ou em qualquer realidade divina. Nós o adquirimos com os fatos que acontecem em nossas vidas, segundo nosso merecimento e nosso grau de evolução. Com sabedoria ou com sofrimento aprendemos a usá-lo de maneira correta e, quanto mais aptos estivermos e mais o tenhamos adquirido, mais e mais conhecimentos vão se abrindo para nós e assim, sucessivamente.

Olorum, conhece todos os seres de sua criação, e se manifesta no conhecimento, por intermédio do orixá Oxóssi. Com ele, aprendemos que a criação divina se estende a todos os seres, a todas as criaturas e a todas as realidades de Deus e adquirimos o respeito por tudo. Somos uma criação do sopro divino, que nos gerou e nos exteriorizou segundo a sua imagem e semelhança com raciocínio e discernimento, para adquirirmos consciência por meio desse conhecimento e podermos evoluir.

Muitas vezes, sentimos um vazio dentro de nós e nada adianta para preenchê-lo. Mas se nos deparamos com uma religião completa assim como a Umbanda, se nosso interesse é despertado e começamos a estudá-la profundamente, abre-se para nós, um leque tão grande de conhecimento acerca de toda a criação, que em pouco tempo estaremos incorporados a essa nova realidade e aquele vazio será preenchido.

O conhecimento-amor é uma conquista que buscamos exteriormente, mas temos de nos voltar para dentro de nós, a procura da verdade. Quando estivermos a receber e a manifestar conhecimentos, passaremos a ter diretamente a todo momento o amparo e a irradiação divina de pai Oxóssi, que estará atuando em nós, e a partir de nós, tornando-nos seus semeadores e, assim, seremos conduzidos a um dos vários começos das vias evolutivas de Deus.

Voltemo-nos de frente para pai Oxóssi, para a partir de hoje, recebermos sua irradiação divina.

Salve nosso pai Oxóssi!

(Manual doutrinário ritualístico e comportamental umbandista – Editora Madras – adaptado)


Evangelho no lar – mãe Obá

Ritual: acender a vela branca ladeada com as pétalas, ervas e a jarra com água. Pode-se acender um incenso.
Caso tenha algum nome ou foto, colocar ao lado da vela.

Oração: rezar a Ave Maria, o Pai Nosso ou outra que seja do agrado iniciando assim a sessão do Evangelho.

Explanação: as pessoas que se sentirem a vontade, poderão expor suas opiniões em relação ao texto.

Amada mãe Obá, nós vos evocamos e pedimos amparo, proteção espiritual e ajuda justa. Não nos deixe sucumbir na ignorância e na falta de fé.
Amplie, ó mãe, nosso conhecimento e capacidade mental, paralisando tudo o que estiver desvirtuado em nosso caminho, transformando-o em conhecimento puro e verdadeiro.
Purifique-nos ó mãe, dos possíveis desvios de nossa personalidade. Ajude-nos a ter resistência mental e uma linha de raciocínio clara e verdadeira. Livre-nos da demência, de confusões, dúvidas, erros e má compreensão das coisas.
Ative nossa capacidade de reflexão, meditação e aprendizagem corretas com concentração, firmeza de propósito, consistência e sustentação, para darmos bom uso aos nossos conhecimentos.
Querida mãe Obá, que sua natureza vegetal, suas flores, seus frutos e todo seu néctar sejam um remédio para nossas vidas. Ó mãe, vós que sois a seiva viva onde as sementes germinam,  abençoe nosso pão de cada dia, fruto de vossa terra generosa, e faça com que ele nunca falte em nossas mesas.
Abençoe nossos familiares, nossas crianças, nossos idosos, para que nunca lhes falte o vosso divino amparo.

Encerramento: ao termino do culto, as pessoas poderão beber a água fluidificada.
Os moradores poderão se beneficiar com banho utilizando as pétalas das flores ou ervas.

A verdade
Verdade é o princípio real, certo, correto, autêntico e sincero. A verdade absoluta só está contida no Divino Criador, que está concentrada nas qualidades de mãe Obá.

Nossa percepção de verdade se tornará mais limpo e nosso desejo de coração mais sublime, mais santo se preenchermos nosso espírito com pensamentos elevados e meditarmos sobre o amor e misericórdia divinos. O conhecimento da verdade depende mais da simplicidade, da pureza de propósito de uma fé sincera e confiante, do que da capacidade intelectual.

Não há melhor agente de purificação do que a chama da verdade espiritual. Quem a conhece e a ela se dedica será purificado. Só o que é verdadeiro tem em si mesmo uma densidade e uma resistência própria que o eterniza no tempo e na mente dos seres.

O conhecimento da verdade é dado àquele que vive na força da fé, que domina o eu pessoal, as ilusões e as impressões dos sentidos. O ignorante e o descrente não acham sequer o começo do caminho que conduz à paz.

O saber ou conhecimento perfeito em si mesmo é o coroamento de todas as ações. Ele nos livra da confusão, da dúvida, da má compreensão e dos erros.

Tudo o que existe no grande todo que é Deus, forma uma só vida. Quem atingiu esse conhecimento e sabedoria, entra na paz suprema, na quietude de mãe Obá. E como Jesus Cristo  nos ensinou “A verdade vos libertará”.

Salve nossa mãe Obá!

(Manual doutrinário ritualístico e comportamental umbandista – Editora Madras – adaptado)


Evangelho no lar – pai Oxumaré

Ritual: acender a vela branca ladeada com as pétalas, ervas e a jarra com água. Pode-se acender um incenso. Caso tenha algum nome ou foto, colocar ao lado da vela.

Oração: rezar a Ave Maria, o Pai Nosso ou outra que seja do agrado iniciando assim a sessão do Evangelho.

Leitura do texto

Explanação: as pessoas que se sentirem a vontade, poderão expor suas opiniões em relação ao texto.
Amado pai Oxumaré, senhor da renovação Divina! Nós, familiares e amigos aqui reunidos, Vos evocamos e pedimos que nos cure, com Vossa luz cristalina colorida dos males ou doenças que nos afligem, assim como todas as pessoas, espíritos e criaturas ligados a nós pelos fios invisíveis do destino. Envolva-nos em vossa irradiação e, se for de nosso merecimento, dilua os negativismos à nossa volta e afaste de nossas vidas os tormentos da falta de amor, de fé, da passividade, da angústia, da solidão, da apatia e da maldade.
Divino Pai da renovação, permita que vossos guerreiros do Arco-Íris venham em nosso auxílio, beneficiando nossa evolução.
Conceda-nos a renovação de sentimentos e emoções para que sejamos prósperos, fraternos, amorosos e generosos com todos que nos cercam.
Renove nossos lares, familiares e amigos formando ao nosso redor uma proteção de luz para que possamos ficar resguardados e Amado pai Oxumaré, nos dê sua bênção, proteção e principalmente caminhos abertos para que a terra onde joguemos nossas sementes estejam férteis e as façam prosperar.

Salve nosso Divino pai Oxumaré!

Encerramento: ao termino do culto, as pessoas poderão beber a água. Os moradores poderão se beneficiar com banho utilizando as pétalas das flores ou ervas.

Renovar
Renovar significa tornar novo, modificar, recomeçar, brotar. A renovação dos seres é o campo preferencial do orixá Oxumaré, que é representado pelo sagrado Arco-Íris. Pai Oxumaré é a renovação constante na vida de um ser. Renovação é aperfeiçoamento constante e por isso não podemos cultivar mágoas. O que importa é principalmente a renovação de nosso íntimo com disciplina, trabalho, consciência tranquila, para nos conectarmos com Deus e divinizarmos nossos espíritos.

Aperfeiçoamo-nos a cada dia, curando nossos defeitos, aprimorando nossas ações e purificando nossos sentimentos. Para que aconteçam as renovações, pai Oxumaré atua lenta e sutilmente na vida dos seres, diluindo sentimentos, atitudes e uniões.
Muitos veem a religião, como escape, achando que ela os livrará de provações e dificuldades mas não fazem nenhum esforço para mudar radicalmente suas vidas. Temos o poder de escolha e o que desejamos ser só depende de nós. Ninguém está isento de dificuldade, mas quem recebe a palavra de Deus em seu coração e a renova seu íntimo, seus sentimentos e atitudes, quando vem a aflição, não se torna inquieto, sem confiança e nem desanimado.

Encontramos Deus na alegria da natureza, no canto, na música, na dança, na fartura do alimento comum, no amor aos semelhantes, na benção do ancião, no sorriso da criança, no nascer  de um filho, no amor do casal feliz ou no trabalho diário. Pai Oxumaré é o Divino Trono da renovação da vida. O orixá que tanto dilui as causas dos desequilíbrios quanto gera de si as condições ideais para que tudo seja renovado, já em equilíbrio e harmonia.

A nós, umbandistas, cabe-nos purificar nosso íntimo, renovar a religiosidade e a fé nos sagrados orixás, lidando simultaneamente com o nosso meio, sem nos dissociarmos de nada ou de ninguém a nossa volta. É importante que alcancemos os dons das virtudes e da harmonia e que assumamos as nossas responsabilidades para Deus quer que cada alma seja centro emanador de suas luzes.

Salve nosso pai Oxumaré!
(Manual doutrinário ritualístico e comportamental umbandista – Editora Madras – adaptado)


Evangelho no lar – mãe Oxum

Ritual: acender a vela branca ladeada com as pétalas, ervas e a jarra com água. Pode-se acender um incenso.
Caso tenha algum nome ou foto, colocar ao lado da vela.

Oração: rezar a Ave Maria, o Pai Nosso ou outra que seja do agrado iniciando assim a sessão do Evangelho.
Leitura do texto

Explanação: as pessoas que se sentirem a vontade, poderão expor suas opiniões em relação ao texto.

Evocação: amada mãe Oxum, nós vos evocamos e pedimos que vossas Divinas vibrações purifiquem esse lar, seus moradores, amigos e familiares para que a partir de agora possam trilhar os caminhos luminosos que os conduzirão à Deus.
Envolva-nos em suas irradiações e vibrações, afastando de nossas vidas a falta de amor e desunião. Dê-nos Amor Divino para que possamos atravessar todas as atribulações de nossas vidas com fé, amor e resignação.
Forme ao redor dos moradores dessa casa uma proteção de luz, para que possam viver neste local em paz e harmonia, protegidos e ungidos pelas bênçãos de nosso Pai Maior.
Harmonize nossas famílias, aproxime os casais, os pais, os filhos e irmãos. Abençoe nossos amigos envolvendo-os com seu manto de amor e misericórdia.
Sagrada mãe do amor de Deus, dê-nos a vossa benção e proteção.
Aieiê mamãe Oxum!

Encerramento: ao termino do culto, as pessoas poderão beber a água fluidificada.
Os moradores poderão se beneficiar com banho utilizando as pétalas das flores ou ervas.

Texto para leitura:
O amor

O amor é um sentimento abstrato, não se pode vê-lo nem tocá-lo, que se expressa dependendo de cada pessoa com maior ou menor intensidade, conforme o grau de evolução daquele que o manifesta. Não há como comprá-lo ou fingir que o temos. É o amor que nos leva ao desenvolvimento das mais nobres virtudes humanas: a compreensão, a tolerância, a paciência, o entendimento do sentido da união e fraternidade e a doação sem condicionamentos.

Estamos sempre recebendo a manifestação do amor Divino, pela própria graça da vida e por isso deveríamos saber amar a tudo e a todos, como o Mestre Jesus nos amou e procurou ensinar, quando de Sua passagem pelo mundo.

O amor é uma conquista pessoal, como o amor por outra pessoa, por uma religião, enfim…é vencer egos, conceitos e preconceitos. Uma vez conquistado, nenhuma outra pessoa conseguirá tirar-nos ou nos fazer perder esse sentimento. Mas, para que isso se fortifique e se intensifique dentro de nós, devemos sempre estar em afinidade e sintonia com Deus. Essa sintonia irradia uma camada vibracional que estruturará em nós, sentimentos puros, determinação, amor, paz, equilíbrio e principalmente a vontade de amar e fazer o bem ao próximo.

Só o amor fortalece nosso mental, criando ao nosso redor um campo protetor, como um escudo e fazendo com que seja manifestado e reine, com muita intensidade na vida das pessoas.

O amor sempre esteve presente em nossas vidas: o amor de mãe para filho, de pai para filho, de filhos para pais, de filhos para avós e tios.

Voltemo-nos para Deus, Pai, nosso Criador e sejamos gratos e fraternos por receber seu amor. Que possamos retribuir esse amor sendo felizes em nossas vidas, com nossos familiares, evitando conflitos e seguindo sempre em união e harmonia.

“Ainda que eu falasse a língua dos homens, e que eu falasse a língua dos Anjos, sem amor, eu nada seria!”
Jesus Cristo

(Manual doutrinário ritualístico e comportamental umbandista – Editora Madras – adaptado)


Evangelho no lar – Oiá

Ritual: acender a vela branca ladeada com as pétalas, ervas e a jarra com água. Pode-se acender um incenso. Caso tenha algum nome ou foto, colocar ao lado da vela.

Oração: rezar a Ave Maria, o Pai Nosso ou outra que seja do agrado iniciando assim a sessão do Evangelho.

Leitura do texto

Explanação: as pessoas que se sentirem a vontade, poderão expor suas opiniões em relação ao texto.

Evocação:
Amada mãe Oiá! Estamos aqui postados diante de vós, para pedir bênçãos e sustentação para o nosso lar. Livre-nos das tentações, esgote nossos excessos de emotividade e irradie sobre nossa casa, sua luz pura e cristalina.
Beneficie-nos, Mãe Querida com seu giro cósmico positivo e ordenador e com vossa capacidade de acelerar nossa jornada evolutiva no plano da matéria, dinamizando nosso processo cármico, regidos pela lei, pela justiça e pelo amor de Cristo.
Conduza-nos, Divina Mãe, com seu amor, nos campos luminosos e também nos campos escuros, livrando-nos das perseguições e ajudando-nos com vossa proteção.

Salve mãe Oiá, salve o Tempo!

Encerramento: ao termino do culto, as pessoas poderão beber a água fluidificada.
Os moradores poderão se beneficiar com banho utilizando as pétalas das flores ou ervas.

Religiosidade
Religiosidade é a vivência equilibrada da fé, em todos os momentos de nossa vida. A religião é a viga mestra da estrutura que direciona os seres e os congrega em torno de Divindades acolhedoras, amorosas e irradiadoras das qualidades de Deus Pai.

O Tempo é a chave do mistério da fé, regido por nossa amada mãe Oiá, porque é na eternidade do Tempo e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem. Na casa de Deus encontramos a luz necessária para nos auxiliar a superarmos os obstáculos, sem fraquejar diante das perturbações.

O ser humano é um ser religioso por natureza e, quando está em perfeita sintonia com a Fé, acredita ser verdadeiro filho de Deus e supera todas as barreiras interpostas em seu caminho.
Religiosidade significa vivenciar os princípios Divinos que regem a criação. A verdadeira religiosidade é o cultivo da fé em Deus, amor à Sua

Criação Divina, respeito com as criaturas e um sentimento de fraternidade com os semelhantes, não importando raça, cor ou religião.
Religiosidade é um aperfeiçoamento interno dos pensamentos, sentimentos, condutas pessoais, expectativas, posturas sociais e religiosas. É prática diária na vida. É servir à Deus. É estarmos com nosso íntimo ligado à Ele. É seguirmos um caminho de aperfeiçoamento próprio, de vitória sobre nós mesmos.

Mãe Oiá alimenta a alma de seus filhos com sua irradiação sempre que estão trilhando o caminho reto da fé, ladeados pelo amor e pela justiça Divina.
Que mãe Oiá, com suas ondas magnetizadoras possa abençoar esse lar, trazendo o fortalecimento da religiosidade em todos os seres aqui presentes.

Salve nossa mãe Oiá!
(Manual doutrinário ritualístico e comportamental umbandista – Editora Madras)


A quaresma do umbandista

 

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Em tempos derradeiros, em que cada vez mais as pessoas vivem distantes de sua fé, deve o umbandista adotar uma postura cuidadosa e peculiar ligada a sua religião.

Sabemos que a Umbanda herdou em suas origens a essência de todas as religiões. Desse modo, precisamos estar atentos aos 40 dias que antecedem a Páscoa, o renascimento de Cristo para sua vida eterna longe dos pecados e das investidas do mal.

Na quaresma, é comum o médium sentir um desconforto ou presença de espíritos menos evoluídos. Isso se dá devido à grande e mística maneira do ser humano projetar no meio em que vive padrões que, caso sejam recorrentes e grupais podem, sim, evoluir para uma carga energética negativa. Os planos menos evoluídos se servem dessas vibrações negativas e ficam mais fortes.

Mas afinal, como o médium deve agir no período de quaresma?
Cabe ao médium cuidar de sua própria proteção. O médium não deve se envergonhar de trabalhar para si ou pedir a seu favor para os guias e Orixás. Nesse momento, o orar e vigiar que tanto é falado deve ser intensificado.

Temos abaixo um roteiro para a proteção do médium:

VELA E PRECE
Acender uma vela branca de sete dias para seu Anjo da Guarda. Todos os dias enquanto essa vela estiver acesa, escolher a melhor hora (todos os dias, na mesma hora) e junto da vela fazer uma oração pedindo proteção ao seu anjo. Essas palavras são individuais e cada médium deve ter sua maneira própria de se dirigir à seu Anjo.
Após a conversa com o Anjo da Guarda, fazer a Prece de Cáritas, uma oração muito poderosa tanto para acalmar nossas angústias quanto para os desencarnados que estiverem precisando de direcionamento.

LIMPEZA DO LAR
Defumação da sua casa com casca de alho ou casca de cebola e benjoim. Antes de defumar, consagrar a defumação aos Caboclos Juremeiros de Oxóssi, pedindo Vossa intercessão na limpeza desse ambiente. Defumar de dentro para fora.

BANHO DE DEFESA
Preparar um banho que deve ser feito principalmente na quaresma usando casca de Jurema Preta, poderosa para efeito de limpeza. Por se tratar de uma casca, deve-se fervê-la de três a cinco minutos e deve ser jogada da cabeça aos pés. Ao ativar a casca, antes da fervura, pedir a benção de mãe Jurema, equilíbrio e proteção.

FIRMEZA
Estrela de cinco pontas: riscar com pemba branca em um lugar de passagem na sua casa, uma estrela de cinco pontas. No topo da estrela, para o lado de dentro, firmar uma vela marrom pedindo a pai Xangô o equilíbrio para o lar e todas as pessoas que o habitam. Dentro da estrela, colocar um pedaço de carvão ao lado de um copo com água e sal grosso. Colocar também na estrela o nome das pessoas que moram na casa, em papel branco sem linhas, escrito a lápis (lápis contém grafite, que é um elemento mineral).
Esse ritual deve ser feito a noite; no dia seguinte, quando a vela tiver terminado, colocar o carvão dentro do copo com água. O copo deverá ficar atrás da porta da entrada de sua casa todos os dias da quaresma, funcionando como uma barreira para espíritos menos evoluídos.
Pode-se passar um pano no chão onde foi aberta a estrela usando água com um pouco de sal grosso ao término da vela, fechando o portal. No término da quaresma, a água deve ser jogada na rua e o carvão despachado em um jardim.

RECADO FINAL
Aproveite o momento da quaresma para reflexão. Refletir no sentido de se autoconhecer e se purificar. Tanto falamos em reforma íntima, em melhorar mas estamos mesmo nos empenhando?
É fato que todos nós vibramos por uma vida vitoriosa, longe dos pecados. O médium é cobrado todo o tempo por isso. Os católicos adotam o jejum da carne. Na Umbanda, não somos tão radicais mas, que tal jejuarmos também? Olorum, em sua infinita bondade nos permite uma vida livre, então que possamos ser livres para escolher o item de nosso sacrifício. Pense bem, algo que gostaria de banir da sua vida: um vício de jogo, bebida, droga, falar da vida alheia, proferir palavrões, ser ríspido com as pessoas que o cercam… pense bem! Podemos começar por aí, simples assim… Simples como a Umbanda. Basta você querer! Dedique seu sacrifício à Oxalá, clame por Ele e atendido será.
A Umbanda, tão maravilhosa como é nos fornece elementos e rituais para nos ajudar. Vale lembrar que eles não podem agir sozinhos. Uma erva sem uma ativação adequada é apenas um mato. Com a ativação correta, é um escudo de proteção poderosíssimo contra as investidas do baixo-astral.
Sejamos inteligentes e dignos ao utilizarmos todos os conhecimentos que estão disponíveis, ao colocar em prática os ensinamentos do Mestre Jesus. Assim, chegaremos triunfantes à Páscoa, com sentimento de ressurreição para uma vida nova, para uma vida com o amor de Oxalá em nossos corações.

Marisa Firmino da S. Sanches

Prece de Cáritas
Deus, nosso Pai, que sois todo o Poder e Bondade,
Dai forças àqueles que passam pela provação,
Dai luz àqueles que procuram a Verdade,
Ponde no coração do Homem q compaixão e a Caridade.
Deus! Dai ao viajor a estrela-guia,
Ao aflito, a consolação, o doente, o repouso.
Induzi o culpado ao arrependimento.
Dai ao Espírito a verdade, à criança, o guia, ao órfão, o pai.
Senhor! Que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes.
Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem,
esperança para aqueles que sofrem.
Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores
Derramarem por toda a parte a Paz, a esperança, a Fé!
Oh! Deus!
Um raio, uma centelha do Vosso amor pode iluminar a terra,
Deixai-nos beber nas fontes dessa Bondade fecunda e infinita.
E todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.
Um só coração, um só pensamento
Subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos,
Oh! Bondade, oh! Beleza, oh! Perfeição.
Nós queremos, de alguma sorte, merecer a Vossa misericórdia.
Deus! Dai-nos força, ajudai o nosso progresso a fim de subirmos até Vós;
Dai-nos a caridade pura e a humildade; dai-nos a fé e a razão;
Dai-nos a simplicidade, Pai, que fará de nossas almas
O espelho onde se refletirá a Vossa Divina Imagem.

Amém!

 


Explanação sobre Logunan tempo (Oiá)

É a orixá do Tempo e seu campo preferencial de atuação é o religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso.

O “Tempo” é a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada mãe Oiá, porque é na eternidade do tempo e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem. A orixá Oiá forma um pólo magnético vibratório e energético oposto ao do orixá Oxalá, e ambos regem a linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são as sete irradiações divinas do nosso Criador. Logo, o campo de atuação de nossa amada mãe Oiá é o campo da fé, onde flui a religiosidade dos seres, todos em continua evolução.

“Tempo”, eis as qualidades, atributos e atribuições negativas de Oiá, de que tanto falamos e alertamos aos supostos pais de Santo ou magos negros que recorrem ao “Tempo” para prejudicar seus semelhantes. Oiá é a orixá regente do pólo negativo da linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda e, com Oxalá assentado em seu pólo positivo, dão sustentação a todas as manifestações da fé e dão amparo a todos os “sacerdotes” virtuosos e guiados pelos princípios divinos estimuladores da evolução religiosa dos seres.

Quando Oiá “vira no tempo”, seja contra um seu filho direto quanto um seu filho indireto (que têm a coroa regida por outros orixás), então sua vida entra em parafuso e só deixará de rodar quando esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela existia.

Enquanto Oxalá é irradiante, Oiá é absorvente, e enquanto os filhos de Oxalá são extrovertidos, os de Oiá são introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza forte de sua mãe divina exige deles uma certa “beatitude” já que, das mães divinas, ela é a mais ciumenta por seus filhos amados e a mais rigorosa com os seus filhos relapsos. Isto é Oiá, amados filhos das nossas amadas mães divinas.

Rubens Saraceni


Rituais na Umbanda (aula aberta)


“Religião é algo muito dinâmico, não é para os acomodados”
. (Rubens Saraceni)

Inocente aquele que pensa que, ao escolher qualquer religião para seguir, poderá frequentá-la e passar ileso por ela. Quando optamos por seguir uma religião que fala em nosso coração ou que nos ampara nos momentos mais difíceis devemos abraçar essa causa e nos dedicar de corpo e alma. É indiscutível que cada médium, tendo escolhido a Umbanda (ou tendo sido escolhido) é necessário se adaptar, se incluir nos rituais de sua casa.

Citaremos agora alguns rituais presentes na Umbanda e que geralmente causam questionamentos:

Preparação no dia do trabalho: logo pela manhã, no início do dia do trabalho espiritual, o médium deve ter alguns cuidados e se preparar, criar um ritual próprio onde facilite se lembrar de todos os seus deveres. O banho de defesa é um cuidado especial que nenhum médium deve descuidar. Tem funções diferenciadas, mas, é de extrema importância prepará-lo no dia de trabalho, mesmo que não tenha tempo de tomá-lo antes do início do trabalho, pode-se fazê-lo antes de sair de casa, pela manhã.
Outro cuidado é firmar uma vela durante esse dia, pedindo as bênçãos e proteções para a melhor condução dos trabalhos. Cuidar de sua alimentação também é importante, evitando comer carne, em especial, que é de difícil digestão e ainda contém as vibrações do animal.O mesmo para as bebidas alcoólicas ou substancias entorpecentes que modificam a vibração do médium.
No caso da prática do ato sexual, há troca de energia e todo médium precisa de energia a sua disposição para se doar durante os trabalhos. O médium melhor preparado pode tomar todos esses cuidados e pecar caso esqueça apenas um, porém o mais importante é ter boa vontade! Vontade em aprender cada dia mais, e perceber que esse conhecimento nunca cessa.

Saudando a tronqueira: não se deve entrar na casa de uma pessoa sem cumprimentar o seu dono. A mesma coisa no terreiro. Na tronqueira estão assentados os guardiões que fazem a segurança da casa. Desse modo, nada mais correto que saudá-lo e pedir-lhe licença para entrar na casa.
Antes de entrar no espaço preparado para os trabalhos, o médium deve cruzar a porta, isso mesmo, tocar o chão com as costas da mão que é a parte mais limpa de nossas mãos, fazendo uma cruz no chão. Esse movimento demonstra nossa reverência pedindo licença para entrar e saudando aqueles que ali estão firmados. Em nossa casa, por exemplo, logo ao lado da porta de entrada, temos permanentemente um ponto firmado de pai Ogum. Todo ponto riscado representa um portal aberto e deve ser respeitado não sendo pisado nem jogado objetos sobre ele. Logo depois, o médium deve se dirigir ao altar, com respeito, agradecendo em primeiro lugar por estar ali e pedindo as bênçãos dos paizinhos e mãezinhas orixás assentados naquele Congá. Cumprimentar os dirigentes da casa onde se escolheu frequentar, além de respeitoso é sinal de união, que a corrente mediúnica faz jus a seu nome onde cada médium forma um elo dessa corrente e tem sua função específica.

Postura do médium mais antigo: você pode até falar na língua dos anjos, mas, se não tiver amor, de nada servirá. O médium mais antigo de Umbanda ou da casa deve estar sempre atento para não perder a oportunidade de ajudar os médiuns iniciantes. Isso não quer dizer que o médium mais experiente deve deixar de lado seus rituais. Pelo contrário. Orar e vigiar é essencial, porque é hoje um exemplo que será seguido. Cumprimentar todos da casa, evitar se envolver em assuntos que causem constrangimento, chegar com antecedência e estar disponível, envolvido e disposto a cooperar com o melhor andamento de sua casa faz parte da conduta correta.
Em sua casa, ou ao visitar outras, o médium deve sempre adotar uma postura respeitosa, tanto em suas atitudes (procurando falar baixo, por exemplo) quanto em suas vestes, que sejam adequadas ao local religioso em que está.

Postura do médium em desenvolvimento: assim como cada pessoa é única, cada médium também é e sente sua mediunidade de uma forma. O médium necessita estar atento às mudanças, principalmente de acordo com as linhas trabalhadas. As energias dos orixás e entidades são sentidas de maneiras peculiares por cada um. É necessário ter cuidado para que os médiuns novos não se influenciem e possam assim perceber e sentir suas entidades, cada uma com suas vibrações.

Bater cabeça: o uniforme de trabalho dos umbandistas é a roupa branca. Não por ser puro, mas por ser a cor que resulta da junção de todas as outras. É dever do médium manter e cuidar de sua roupa de trabalho zelosamente. A toalhinha utilizada no momento de “Bater cabeça” tem como objetivo maior proteger nossa cabeça, nosso orí, que é sagrado, de um solo onde todos pisam e há diversos tipos de energias. O pano de cabeça, o filá, é um elemento que filtra e também protege o chacra coronário de seu médium de intervenções negativas.

Defumação: o espaço onde os trabalhos são realizados deve ser preparado. A defumação com ervas e fogo no turíbulo associa dois elementos poderosos: ar e vegetal. As ervas utilizadas com esse objetivo devem ser as quentes, por terem propriedade de limpeza mais ativas. A defumação também pode ser feita com tocha de fogo, água ou amaci.

Postura do cambone: os médiuns em desenvolvimento também podem auxiliar as entidades durante os trabalhos de diversas maneiras. A discrição e ética são palavras-chave para um cambone. O que for ouvido durante o passe não deve ser comentado com outras pessoas e, caso o cambone perceba algo que fuja da normalidade, deve comunicar apenas o dirigente, evitando assim comentários maledicentes. O cambone aprende muito com os guias enquanto ajuda, e também com os consulentes, exercitando seu lado humano e caridoso. Em determinados momentos, as entidades podem necessitar que os cambones desprendam energias para auxiliar no passe, por isso a imposição das mãos.

Ogãs e atabaques: assim como os médiuns seguem um ritual em dias de trabalhos, os ogãs também devem seguir. Adotar uma postura respeitosa com o dirigente e os trabalhadores da casa é importante. Essa postura fará com que esteja receptivo às necessidades do momento. Cada ponto cantado é uma oração e tem um objetivo. Os médiuns devem se utilizar dos pontos como chave para ativar e manter sua concentração no momento da incorporação.

Guias: é importante que todos os participantes dos trabalhos tenham suas guias, que são elementos de proteção e devem ser cruzados (benzidos) antes de utilizados. Desse modo, é ativado como elemento de proteção. As guias de Oxalá e das sete linhas da Umbanda são as primeiras que o médium deve ter. As outras, deverão ser adquiridas conforme as entidades pedirem. Vale lembrar que não são adornos, enfeites e que a quantidade de guias não está associada ao “poder” da entidade ou do médium.

Saída do terreiro: assim como ao entrar, bem como sair, o médium deve respeitosamente, saudar o altar, o chão e a tronqueira, agradecendo pela oportunidade e sustentação daquele trabalho. É importante que nunca saia do terreiro se sentindo mal ou com alguma dúvida. Os dirigentes devem estar atentos para auxiliar e responder possíveis questionamentos.

Elza Maria Firmino da Silva
Marisa Firmino da S. Sanches