Evangelho no lar – Oiá

Evangelho no lar – Oiá

Ritual: acender a vela branca ladeada com as pétalas, ervas e a jarra com água. Pode-se acender um incenso. Caso tenha algum nome ou foto, colocar ao lado da vela.

Oração: rezar a Ave Maria, o Pai Nosso ou outra que seja do agrado iniciando assim a sessão do Evangelho.

Leitura do texto

Explanação: as pessoas que se sentirem a vontade, poderão expor suas opiniões em relação ao texto.

Evocação:
Amada mãe Oiá! Estamos aqui postados diante de vós, para pedir bênçãos e sustentação para o nosso lar. Livre-nos das tentações, esgote nossos excessos de emotividade e irradie sobre nossa casa, sua luz pura e cristalina.
Beneficie-nos, Mãe Querida com seu giro cósmico positivo e ordenador e com vossa capacidade de acelerar nossa jornada evolutiva no plano da matéria, dinamizando nosso processo cármico, regidos pela lei, pela justiça e pelo amor de Cristo.
Conduza-nos, Divina Mãe, com seu amor, nos campos luminosos e também nos campos escuros, livrando-nos das perseguições e ajudando-nos com vossa proteção.

Salve mãe Oiá, salve o Tempo!

Encerramento: ao termino do culto, as pessoas poderão beber a água fluidificada.
Os moradores poderão se beneficiar com banho utilizando as pétalas das flores ou ervas.

Religiosidade
Religiosidade é a vivência equilibrada da fé, em todos os momentos de nossa vida. A religião é a viga mestra da estrutura que direciona os seres e os congrega em torno de Divindades acolhedoras, amorosas e irradiadoras das qualidades de Deus Pai.

O Tempo é a chave do mistério da fé, regido por nossa amada mãe Oiá, porque é na eternidade do Tempo e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem. Na casa de Deus encontramos a luz necessária para nos auxiliar a superarmos os obstáculos, sem fraquejar diante das perturbações.

O ser humano é um ser religioso por natureza e, quando está em perfeita sintonia com a Fé, acredita ser verdadeiro filho de Deus e supera todas as barreiras interpostas em seu caminho.
Religiosidade significa vivenciar os princípios Divinos que regem a criação. A verdadeira religiosidade é o cultivo da fé em Deus, amor à Sua

Criação Divina, respeito com as criaturas e um sentimento de fraternidade com os semelhantes, não importando raça, cor ou religião.
Religiosidade é um aperfeiçoamento interno dos pensamentos, sentimentos, condutas pessoais, expectativas, posturas sociais e religiosas. É prática diária na vida. É servir à Deus. É estarmos com nosso íntimo ligado à Ele. É seguirmos um caminho de aperfeiçoamento próprio, de vitória sobre nós mesmos.

Mãe Oiá alimenta a alma de seus filhos com sua irradiação sempre que estão trilhando o caminho reto da fé, ladeados pelo amor e pela justiça Divina.
Que mãe Oiá, com suas ondas magnetizadoras possa abençoar esse lar, trazendo o fortalecimento da religiosidade em todos os seres aqui presentes.

Salve nossa mãe Oiá!
(Manual doutrinário ritualístico e comportamental umbandista – Editora Madras)


Explanação sobre Logunan tempo (Oiá)

É a orixá do Tempo e seu campo preferencial de atuação é o religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso.

O “Tempo” é a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada mãe Oiá, porque é na eternidade do tempo e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem. A orixá Oiá forma um pólo magnético vibratório e energético oposto ao do orixá Oxalá, e ambos regem a linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são as sete irradiações divinas do nosso Criador. Logo, o campo de atuação de nossa amada mãe Oiá é o campo da fé, onde flui a religiosidade dos seres, todos em continua evolução.

“Tempo”, eis as qualidades, atributos e atribuições negativas de Oiá, de que tanto falamos e alertamos aos supostos pais de Santo ou magos negros que recorrem ao “Tempo” para prejudicar seus semelhantes. Oiá é a orixá regente do pólo negativo da linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda e, com Oxalá assentado em seu pólo positivo, dão sustentação a todas as manifestações da fé e dão amparo a todos os “sacerdotes” virtuosos e guiados pelos princípios divinos estimuladores da evolução religiosa dos seres.

Quando Oiá “vira no tempo”, seja contra um seu filho direto quanto um seu filho indireto (que têm a coroa regida por outros orixás), então sua vida entra em parafuso e só deixará de rodar quando esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela existia.

Enquanto Oxalá é irradiante, Oiá é absorvente, e enquanto os filhos de Oxalá são extrovertidos, os de Oiá são introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza forte de sua mãe divina exige deles uma certa “beatitude” já que, das mães divinas, ela é a mais ciumenta por seus filhos amados e a mais rigorosa com os seus filhos relapsos. Isto é Oiá, amados filhos das nossas amadas mães divinas.

Rubens Saraceni