Orixá Oxum

Oxum é o trono natural irradiador do amor divino e da concepção da vida em todos os sentidos. Como mãe da concepção, ela estimula a união matrimonial e, como trono material, favorece a conquista da riqueza espiritual e abundância material.
Oxum desperta o amor nos seres, os agrega e dá início à concepção da própria vida. Por isso, é tida como orixá que rege a sexualidade, pois por ela a vida é concebida à carne, multiplicando-se.
Tudo o que se liga no universo, só se liga devido ao magnetismo agregador de oxum que está em todas as qualidades de Deus, sentimentos, criação, seres, em todas as criaturas e espécies.
Orixá Oxum é trono regente do polo magnético irradiante do amor e atua na vida dos seres estimulando sentimentos de amor, fraternidade e união.

Todos devem saber que a água é o melhor condutor de energias minerais e cristalinas. Por essa sua qualidade única, surgem diversos tipos de água “doce”, sendo que a dos rios é a melhor rede de distribuição de energias minerais que temos no planeta Terra. Já o mar, é o melhor irradiador de energias cristalinas.
Já que a energia irradiada pelo mar é cristalina e a energia irradiada pelos rios, é mineral, surge então uma grande confusão entre mãe oxum e mãe Yemanjá.
A energia mineral está presente em todos os seres bem como nos vegetais. Desse modo, Oxum também está presente na linha do conhecimento, pois sua energia cria a atração entre as células vegetais carregadas de elementos minerais. Já em nível mental, a atuação pelo conhecimento é uma irradiação carregada de essências minerais ou de sentimentos típicos de Oxum, a concepção em si mesma.

Saibam que a ciência dos orixás é tão vasta como divina e está na raiz de todo o saber, na origem de todas as criações divinas e na natureza de todos os seres. É na ciência dos orixás que as lendas se fundamentadas e não o contrário. Leiam e releiam esse comentário até entenderem esta magnífica ciência divina e aprenderem suas chaves interpretadoras da ciência dos entrecruzamentos. Se conseguirem estas duas coisas, temos certeza que daí por diante entenderão porque a rosa vermelha é usada como presente pelos namorados e a rosa branca é usada pelos filhos como presente para suas mães. Porque se oferecem rosas vermelhas para pomba-gira, rosas brancas para Yemanjá, rosas amarelas para Oxum e rosas cor de rosa para as crianças (Erês).

Se todas são rosas, no entanto os pigmentos que as distinguem são os condutores de minerais e de energias minerais. Para um leigo todas são rosas. Mas para um conhecedor, cada rosa é um mistério em si mesma. O mesmo acontece com cada cor, certo? Logo, o mesmo acontece com cada orixá intermediário, que são mistérios dos orixás maiores.
Todo jardim com muitas roseiras é irradiador de essências minerais que tornam o ambiente um catalisador natural das irradiações de amor da divindade planetária que, amorosamente, chamamos de mamãe Oxum.

Outra coisa que recomendo ao umbandista é; por que, vocês ao invés de oferecerem rosas às suas Oxuns, não plantam perto das cachoeiras mudas de roseiras? As rosas murcham e logo apodrecem. Mas, uma muda de roseira cresce, floresce, embeleza e vivifica o santuário natural dessa nossa mãe do amor.

(Rubens Saraceni)

Para saber mais:

Orixá: Oxum
Elemento: Mineral
Sentido divino: Amor
Fatores principais: Concepção, agregação
Atribuição: Irradiar o amor vivo a todos os seres
Pólo magnético: Positivo – feminino
Ervas: Cipó cabeludo, buchinha do norte, malva, erva doce, patchouly
Flores: Rosas de todas as cores, calendula, camomila, jasmim do mato
Frutas e alimentos: Maçã, melão, pêra, pêssego, uva rosada, morango
Cor da vela: rosa
Linha de trabalho: crianças


Oração a Oxum

Que nossa amada mamãe Oxum, derrame sobre nós Suas energias de amor!
Que possamos senti-la em nossa caminhada.
Que nos momentos de aflição seja o vosso amor a nos sustentar.

Ora Yê Yê ô, mamãe Oxum

(Elza Maria Firmino da Silva, para o CD em homenagem a mamãe Oxum)


Oração a São Cosme e São Damião

Oração a São Cosme e São Damião
Cosme e Damião, luzeiros espíritos da corte de Oxalá, amados benfeitores, queridos guias, nós imploramos a vossa proteção, força, saúde e resignação para que possamos cumprir nossa missão com os desígnios de Pai Oxalá.
Dai-nos sempre os fluidos de paz, amor, alegria e felicidade que vos são peculiares.

Curai nossos males, fortalecendo nossos corpos materiais, proporcionando aos nossos espíritos as satisfações que lhes sejam agradáveis. Protegei-nos e a nossos familiares; protegei também todas as criancinhas, para que tenham, a cada dia, uma vida melhor, com Cristo em seus corações.

Que vossos fluidos sacrossantos, recaiam sobre nossas cabeças.

Saravá Cosme e Damião!
Saravá toda Ibejada!


Cordão na cintura. Qual a utilidade?

O cordão é mais um elemento de trabalho exclusivo para a linha da Esquerda, principalmente por ser feito de algodão, elemento natural, juntamente com suas cores fortes, vermelha e preta, é um condensador de energias.

Sua entidade irá consagrá-lo para que seja usado como um portal que atuará nos trabalhos de descarrego, cura e equilíbrio. É também um eficiente elemento para limpeza durante os trabalhos de passe dos consulentes. No final dos trabalhos, ele atuará na limpeza do próprio médium.


Iemanjá, as sereias e os marinheiros

A vida
Vida é existência! Como somos seres espirituais, a vida é uma das vias de evolução do espírito, que é eterno, imortal.
A mãe da vida, criativa e geradora, é a divindade Iemanjá, criada e gerada pelo Divino Criador, Olorum, para ser um princípio doador e amparador da vida. Ela atua com intensidade na geração dos seres, das criaturas e das espécies.

As características marcantes da amada mãe Iemanjá são o amor maternal, a criatividade e a geração. Ela simboliza o amparo, a maternidade que envolve os seres, amparando-os e encaminhando-os diligentemente, protegendo-os até que tenham seus conscienciais despertados, estando aptos a se guiar.
A criatividade de mãe Iemanjá torna os seres capazes de se adaptarem às condições e meios adversos. A geração irradia essa qualidade a tudo e a todos, concedendo-lhes a condição de se fundirem para se multiplicar e se repetir.

Iemanjá é a amada mãe da vida pois gera em si mesma e sustenta o nascimento. Ela é a água que vivifica os sentimentos e umidifica os seres, tornando-os fecundos na criatividade (vida). Iemanjá rege o mar, que é um santuário natural, um altar aberto a todos. Por isso é chamada “Rainha do mar” para onde tudo é levado, para ser purificado e depois devolvido. Água é vida! Somos regidos pelas águas pois tanto nosso corpo como nosso planeta são constituídos predominantemente por água.
A energia salina das Sete Águas Divinas de mãe Iemanjá cura enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes e irradia energias purificadoras para o nosso organismo. O mar é elemento da vida e irradiador de energias que purificam o planeta e o mantém imantado.

Salve mãe Iemanjá!

A linha das sereias

As sereias e demais encantados aquáticos são seres naturais, isto é, que nunca encarnaram regidas por Iemanjá, Oxum e Nanã Buruquê. Elas têm um poder purificador de limpeza e descarga de energias negativas superior a qualquer outra linha de trabalho da Umbanda Sagrada. Elas não falam, mas seu canto é um poderoso mantra aquático diluidor de energias negativas.
As sereias verdadeiras são seres naturais regidas por Iemanjá. As Ondinas, ou antigas sereias, são mais velhas e são regidas por Nanã. As encantadas elementais são regidas por Oxum.
Essas três mães d’água regem o mistério Sereia do Ritual da Umbanda Sagrada. Todas podem incorporar com canto de Iemanjá, Oxum ou Nanã.

A linha dos Marinheiros
Os Marinheiros são espíritos do mar alegres e cordiais. Seu magnetismo aquático lhes dão a impressão de que o solo está se movendo sob seus pés, por isso eles imitam os marujos nos tombadilhos dos navios.

Os Marinheiros são espíritos de antigos piratas, marujos, guardas marinhos, pescadores e capitães do mar, regidos por Iemanjá e Oxalá, mas atuam também sob a irradiação dos demais orixás.

Fonte: Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista. Ed. Madras

Saiba mais
“Iemanjá é o Trono Divino da Geração e seu campo preferencial de atuação é no amparo à maternidade”.

Elemento: água
Sentido divino: geracionista
Fator principal: gerador, amparador da vida
Atribuição: irradiar a todos os seres o sentido da vida
Ervas quentes: erva de bicho, alho desidratado, casca de alho…
Ervas mornas: alfazema, anis estrelado, rosa branca, flor de camomila, erva de Santa Maria, flor Hibisco, manjerona…
Flores: rosas brancas, flores brancas e azuladas, Hortência, margarida…
Frutas e alimentos: melão, melancia, alface, arroz branco, leite…
Cor de vela: azul clara
Linha de trabalhos: Marinheiros


Oração a Iemanjá

Divina Mãe, protetora dos pescadores e que governa a humanidade, dai-nos proteção.
Oh! Doce Iemanjá limpe as nossas auras, livrai-nos de todas as tentações.
Vós que sois a força da natureza, linda deusa do amor e bondade.
Ajude-nos descarregando as nossas matérias de todas as impurezas e que a vossa falange nos proteja, dando-nos saúde e paz.

Que assim seja feita a vossa vontade. Odoyá!


Por que oferendar nossos Guardiões?

Por que oferendar nossos Guardiões?

     A pergunta correta deveria ser “Por que NÃO oferendar nossos Guardiões?” Todos nós já sabemos que na Umbanda não barganhamos com nenhuma entidade, não difundimos a ideia de trocar elementos por pedidos. Hoje, com tantos ensinamentos e conhecimentos transmitidos pelas próprias entidades, entendemos que todos os elementos dispostos em uma oferenda serão manipulados no astral e deles serão retirados sua essência: essa essência será utilizada a nosso favor!

     Nossa casa, Tenda de Umbanda Pai Oxalá e Caboclo Pena Preta sempre prezou pela máxima de que “quantidade não é qualidade”. Sendo assim, fica fácil compreender que não adianta você dispor de uma cesta repleta de frutas, bebidas e charutos e não oferendá-los com respeito e amor. Optamos por cada médium contribuir com um elemento e assim fazer valer o termo “irmandade”. Dessa forma, todos serão atendidos em seus pedidos, de acordo com seus merecimentos, independente de levar uma cesta de itens ou apenas um.

     Nossas entidades, nossos Guardiões estão conosco o tempo todo e a maior oferenda que podemos lhes dar é nossa felicidade. É viver nossa vida de forma plena, amando, respeitando e zelando de nossa reforma íntima. Milhares de cestas ofertadas não serão suficientes se não fizermos nossa parte: buscar a cada dia ser uma pessoa melhor!

     O momento da oferenda, da manipulação do elementos deve ser de concentração e bons pensamentos. Agradecer em primeiro lugar pelas realizações ,conquistas, pela saúde, pela família e depois pedir, sempre o bem. Peça aos Guardiões pela sua segurança e de seus entes queridos, peça caminhos abertos, peça saúde, o equilíbrio e principalmente a paz interior. Estando em paz, atravessamos qualquer situação à nossa volta!

 Que nossos guardiões estejam conosco sempre,

Elza Maria Firmino da Silva

Marisa Firmino da S. Sanches


A linha dos Baianos na Umbanda

“…Se um espírito missionário iniciou a corrente dos “Baianos” é porque na Terra ele havia sido um Babalorixá baiano e continuou a sê-lo no plano espiritual. Ele havia sido um baiano cultuador dos orixás e continuou a sua missão em espírito, iniciando um dos mistérios da religião umbandista.

São espíritos alegres, brincalhões, descontraídos… São conselheiros, orientadores, aguerridos e chegados à macumba (dança ritual), durante a qual trabalham, enquanto giram com seus passos próprios.
(Rubens Saraceni – Umbanda Sagrada – Madras Ed.)

O arquétipo adotado para a linha de ação e trabalho dos baianos da Umbanda é o culto aos antepassados, aos tradicionais pais e mães de santo da Bahia, embora manifestem-se pais e mães de santo de todos os recantos do país. Esse arquétipo, segundo Pai Rubens Saraceni, foi criado justamente a partir daqueles que melhor sustentaram e popularizaram o culto aos Orixás no Brasil, ou seja, a figura alegre, curiosa, intrometida e extrovertida dos sacerdotes dos Orixás, com suas rezas, magias, quizilas, feitiços etc. e dos mestres e rezadores nordestinos.

“A Linha dos Baianos é essa linha: a dos heróis anônimos que sustentaram o culto aos Orixás e os semearam primeiro em solo baiano, e posteriormente no resto do Brasil e, com  a Umbanda organizada os levarão ao mundo”.
(Rubens Saraceni – Os Arquétipos da Umbanda – Madras Ed.)

A gira dos baianos é sempre muito animada e essas entidades têm sempre respostas certeiras e rápidas para as nossas questões, para sabermos lidar com as adversidades diárias, com alegria e descontração.


Mãe Iansã na Umbanda

Uma das qualidades de Deus é o direcionamento que está presente e ativo em tudo o que gera e cria. É nessa sua qualidade direcionadora que gerou Iansã.

Iansã, enquanto qualidade de Deus está em tudo e em todos, é a força móvel que direciona a fé (Oxalá), a justiça (Xangô), a evolução (Obaluaiyê), a geração (Iemanjá), a agregação (Oxum) e a lei (Ogum).

Ogum é a lei, a via reta, mas Iansã é o próprio sentido da direção da lei, pois ela é um mistério que só entra na vida de um ser caso a direção que esteja dando à sua evolução e sua religiosidade não siga a linha reta traçada pela lei maior (Ogum). Basta errarmos para que as qualidades de mãe Iansã nos envolvam em suas espirais, impondo-nos um giro completo e transformador de nossos sentimentos viciados. Com isso, mãe Iansã nos coloca novamente no caminho reto da vida, ou nos lança no Tempo, onde nossa religiosidade desvirtuada será paralisada e esgotada.

Sua atuação é cósmica, ativa, negativa mobilizadora e emocional, mas não é inconsequente ou emotiva porque ela é o sentido da lei, que não é apenas punitiva, mas também direcionadora.

Iansã aplica a lei nos campos da justiça e é extremamente ativa. Uma de suas atribuições é colher os seres fora da lei e, com um de seus magnetismos, alterar seu emocional, mental e consciência para só então direcioná-lo a uma nova linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pelas linhas retas da evolução.

As energias irradiadas por Iansã:

– Purificam nosso mental;
– Diminui os magnetismos negativos;
– Estimulam o emocional, acelerando suas vibrações.

Nossa amada mãe Iansã, possui vinte e uma Iansãs intermediárias que assim são distribuídas:

– Sete atuam junto ao pólo magnético irradiante e auxiliam os orixás onde entram como aplicadoras da lei, segundo os princípios da justiça divina, recorrendo aos aspectos positivos do orixá planetário Iansã.

– Sete atuam junto aos pólos magnéticos absorventes e auxiliam os orixás onde entram como aplicadoras da lei segundo seus princípios, recorrendo aos aspectos negativos da orixá planetária Iansã.

– Sete atuam nas faixas neutras das dimensões planetárias onde, regidas pelos princípios da lei ou direcionam os seres para as faixas vibratórias positivas ou os direcionam para as faixas negativas.

Como seus campos preferenciais de atuação são os religiosos, não é de se estranhar que nossa amada mãe Iansã seja confundida com mãe Oyá, já que é ela quem envia ao Tempo os eguns fora da lei do campo religioso.

Iansã do Tempo tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos desvirtuados nas coisas da fé, enviando-os ao Tempo, onde serão esgotados.

Iansã do Balê, ou Iansã das Almas, é outra intermediária de nossa mãe maior

Iansã que é muito solicitada e conhecida pois atua preferencialmente sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da lei que dão sustentação à vida e, como a vida é geração e Omulu atua na linha de geração, então, mãe Iansã envia aos domínios de pai Omulu todos os espíritos que atentaram contra a vida de seus semelhantes.

Orixá: Iansã
Elemento:  Eólica
Sentido divino: Direcionamento
Fatores principais: Transformação, redirecionamento.
Atribuição: Atua na transformação dos seres através de seu magnetismo.
Pólo magnético: Feminino/negativo.
Ervas: Buchinha do norte, cânfora, espada de Santa Bárbara, mamona, bambu, folha de pitanga e laranja, peregun, alfavaca…
Flores: Impatiens, palmas amarelas e vermelhas, açucena, tulipa e primavera.
Frutas e alimentos: Pitanga, laranja, abacaxi e grãos.
Cor da vela: Amarela ou vermelha
Linha de trabalho: Baianos


Oração à mãe Iansã

Nossa gloriosa Mãe Iansã, receba-nos em seus braços, na certeza de que velará por nós. Defenda-nos das invejas, do negativismo e das demandas; que com seu vento a senhora varra todas as nossas dúvidas e nossos inimigos.

Que o fogo do seu amor aqueça os nossos corações. Iansã, rainha dos raios, contemplando a sua beleza, nós, seus filhos de fé e admiradores, num ato de humildade levamos nossos corpos ao chão, diante dos seus pés, numa prova de reverência, fé e amor.

Senhora rainha, que a sua espada defenda todos os seus filhos e que a sua coroa brilhe nas nossas mentes, assim como brilha sempre ao raiar do sol e com isso possamos enxergar ainda mais os caminhos pelos quais nos vemos obrigados a passar.

Neste momento de fé Iansã, olhe e abrande a dor dos seus filhos que padecem.

Eh pa hei Oya!