Oração à Oxóssi e caboclos

PRECE A OXÓSSI – I

Oh caçador!
Guerreiro de uma única flecha. Rei das Matas, Rei da Umbanda.
Pai da Inspiração e da esperança dê-me as bênçãos da prosperidade e inspira-me os pensamentos do bem.
Ajuda-me no sustento da minha fé para que possa cumprir com minhas obrigações e meus deveres neste mundo.
Indica-me com sua flecha sagrada os verdadeiros caminhos da prosperidade.

Salve pai Oxóssi
Okê, aro!

PRECE AO CABOCLO – II

Caboclo, sua benção!

Agradeço todas as lições de coragem, força, determinação e humildade. Com passos firmes, me ensinou a andar. Com sabedoria, me ensinou a apurar os ouvidos para distinguir o canto dos pássaros, o ruído das folhas, os passos dos que chegam para destruir as florestas.
Ando e corro pelas matas, sob o brilho dos teus olhos, sabendo que, pés plantados no chão e corpo flexível, escorrego mas não caio. Não há limo nas pedras que me derrube quando estás por perto para me ensinar onde pisar.
A Umbanda nasce do brado de um caboclo e é na Umbanda que aprendo a bradar e a ficar em silêncio. Aprendo a ser corajoso sem ser agressivo. A ser paciente sem perder o foco. A distinguir entre a folha que salva e o veneno que mata. A ser digno com humildade.
Agradeço as lições de sabedoria, as lições de sobrevivência para os momentos de perigo. Agradeço por me apurares os olhos e as mãos para eu identificar melhor e aprender a desarmar armadilhas.
Caboclo do verde de Oxóssi, és terra, água, fogo e ar combinados em harmonia. És mestre porque sabes ser discípulo. És cacique e pajé, por isso batizas, curas, limpas, consagras e cruza.
Eu sigo dançando na sua pisada.
Eu sigo os caminhos marcados por pedras, paus e folhas que deixas para mim. Eu sigo os caminhos riscados pela pemba.
Eu sigo até os caminhos e eu nos tornarmos um.

Okê, Caboclo!

(Ademir Barbosa Júnior –
texto adaptado)


Oração do perdão

Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham minha evolução, dedicarei alguns minutos para perdoar.
A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que de alguma forma me ofenderam, me injuriaram, me prejudicaram ou me causam dificuldades desnecessárias.
Perdoo sinceramente quem me rejeitou, me odiou me abandonou, me traiu, me ridicularizou, me humilhou, me amedrontou, me iludiu.
Perdoo, especialmente, quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois me fazer sentir vergonha, remorso e culpa inadequada.
Reconheço que também fui responsável pelas agressões que recebi, pois, várias vezes, confiei em indivíduos negativos, permiti que me fizessem de bobo e descarregassem sobre mim seu mau caráter.
Por longos anos suportei maus tratos, humilhações, perdendo tempo e energia, na tentativa inútil de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas. Já estou livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com indivíduos e ambientes tóxicos.
Iniciei agora, uma nova etapa na minha vida, em companhia de gente amiga, sadia e competente: queremos compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós.
Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas. Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida íntima definitivamente.
Agradeço pelas dificuldades que essas pessoas me causaram, pois isso me ajudou a evoluir, do nível humano comum ao nível espiritualizado em que estou agora. Quando me lembrar das pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades, e pedirei ao Criador que as perdoe também, evitando que elas sejam castigadas pela lei da causa e efeito, nesta vida ou em futuras.
Dou razão a todas as pessoas que rejeitaram meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um me repelir, não me corresponder e me afastar de suas vidas.
(Fazer uma pausa, respirar profundamente algumas vezes, para acúmulo de energia).
Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente e inconsciente, eu ofendi, injuriei, prejudiquei ou desagradei.
Analisando e fazendo julgamento de tudo que realizei ao longo de toda minha vida, vejo que o valor de minhas boas ações é suficiente para pagar todas minhas dívidas, e resgatar todas minhas culpas, deixando um saldo positivo a meu favor.
Sinto-me em paz com minha consciência e de cabeça erguida, respiro profundamente, prendo o ar e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao Eu Superior.
Ao relaxar, minhas sensações revelam que este contato foi restabelecido.
Agora dirijo uma mensagem de fé ao meu Eu Superior, pedindo orientação, proteção e ajuda, para a realização, em ritmo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual já estou trabalhando com dedicação e amor.
Agradeço de todo coração, as pessoas que me ajudaram e comprometo-me a retribuir trabalhando para o bem do próximo, atuando como agente catalisador do entusiasmo, prosperidade e auto-realização.
Tudo farei, em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador, eterno, infinito, indescritível, que eu, intuitivamente, sinto como o único poder real, atuante dentro e fora de mim.

Assim seja, assim é e assim será!
(Autor Desconhecido)



MISTÉRIO EXÚ

(Firmeza e ponto de força)

Sempre é muito controverso e delicado explanar sobre Exú. Toda religião traz seu aspecto positivo e negativo (no sentido punitivo). Com nossas heranças católicas, por muito tempo, Exú foi considerado o próprio diabo ou aquele que nos puniria caso não respeitássemos as santas leis impostas pela igreja. A maioria das imagens que encontramos desse Orixá é amedrontadora, com chifres e rabos justamente para nos provocar medo. Mas, quem não teme ser castigado?

Primeiramente, para falar de Exú, precisamos diferenciar Orixá e Trabalhadores. No culto africano religioso, Exú se apresenta como Orixá, desse modo, não incorporante em seus médiuns. Nas lendas, Exú foi o primeiro orixá criado por Olunmirá no início dos tempos. Por esse motivo que, até hoje, saudamos e reverenciamos Exú antes de iniciarmos nossos trabalhos ou até mesmo antes de oferendar nossos Orixás da Direita. Todos os médiuns têm um Exú Orixá e um Exú de trabalho, que busca a evolução através da incorporação em seus médiuns.

Os Exús trabalhadores sabem como é difícil o caminho da evolução: a maioria deles já viveu encarnado e se afinizou, por algum motivo aos orixás Exús e foram recolhidos por esse místério para juntamente trabalharem. O caminho da evolução existe para todos nós, mas cabe a cada um escolher como quer evoluir. Na Umbanda encontramos a linha dos Baianos e Boiadeiros, que podemos chamar de linha transitória de evolução. Muitos Baianos e Boiadeiros já foram Exús que, atingiram um grau evolutivo e consequentemente, puderam trabalhar na Direita. Vale lembrar que nem todos querem deixar de ser Exú e continuam trabalhando na Esquerda.

Por Exús de trabalho, entendemos que são espíritos neutros, ou seja, trabalham por recompensas. Nenhum Exú vai se dispor a fazer um trabalho se não tiver uma paga. Mas, que fique claro, assim como um bom amigo, socorre seu “protegido” nos momentos de aflição. E justamente por não trabalharem “de graça” é que são neutros, dessa forma, o Exú não se compromete quando presta seu serviço à uma pessoa, mas somente ela mesma. Ainda podemos ver nos dias de hoje, consulentes pedindo por coisas ruins nas giras de Esquerda. Exú se diverte com isso e a todo custo mostra ao consulente que a lei do retorno é implacável e quem sofrerá as consequências desse tipo de trabalho não é o Exú, mas sim aquele que pediu (quem deve paga, quem merece, recebe). Exú responde ao fundamento da casa onde Ele trabalha e não vai dar dez passos para trás de sua caminhada evolutiva em troca de “favores”.

Exú deve ser respeitado, sim! Temido, por alguns também. Não podemos considerá-lo nosso irmão ou escravo, executor de todo tipo de serviço, como já vimos muitos dizerem. Exú é executor da lei e do carma individual de cada um. É aquele que está ao nosso lado, no dia a dia, nos trazendo a proteção, caminhos abertos e aguçando nossa intuição. Feliz daquele médium que cria uma relação de respeito com seu guia podendo assim, receber as respostas automaticamente quando são feitas as perguntas.

Assim é Exú! Tem seu ponto riscado, relacionado ao Orixá maioral da Esquerda que está ligado e também ao orixá da direita que responde. Desse modo temos Exús para cada orixá, na Umbanda. Seu símbolo é fálico ou um tridente. Seu fator é vitalizador e por assim ser, está diretamente ligado à sexualidade humana por onde irá vitalizar um indivíduo que esteja necessitando de ajuda ou desvitalizar caso necessite ser punido.

Diferentemente dos orixás da Direita, Exú é positivo e negativo ao mesmo tempo, sendo assim, energiza e paralisa os seres ou criaturas que necessitarem. Exú trabalha com pemba e vela preta, jamais com pemba branca. Um médium pode riscar o ponto do seu Exú para pedir-lhe algo usando pemba branca mas nunca o Exú. Da mesma forma, o Exú respeita a hierarquia dos orixás à direita e NUNCA cruzará uma guia de Oxalá ou Iemanjá, por exemplo para dar à um consulente.
Jamais, em hipótese alguma, podemos confundir orixá Exú, Exú trabalhador, de lei com quiumbas: seres infernais que ao desencarnarem, não modificam sua natureza e continuam livres fazendo maldade ou, escravizados por quiumbas mais poderosos, prestando serviços, dispostos a prejudicarem pessoas pelos quais são mandados. Esses espíritos não têm regras e muitas vezes, quando a Lei se apieda deles, ao se aproximarem de nossos terreiros, são recolhidos, paralisados e levados para seus lugares de merecimentos.

Em nosso terreiro, temos duas Tronqueiras (altar direcionado ao culto dos Orixás à Esquerda):

• Na Tronqueira da porta de entrada estão assentados apenas um casal de guardiões: guardião e guardiã, que são responsáveis pela segurança e proteção do nosso terreiro; os médiuns quando chegam devem saudar essa Tronqueira pedindo licença para entrar na casa;

• Na Tronqueira de baixo, estão representados os Exús, Pombagiras e Exús Mirins individuais de cada médium, por isso, acendemos nossa vela e fazemos nossas firmezas lá. Sendo que o correto é que cada médium tenha seu altar da Esquerda em casa para fazer sua firmeza antes de cada trabalho, por exemplo, o vaso de proteção.

Ervas de Exú: casca de alho, casca de cebola, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo e pimentas.

Elza Maria Firmino da Silva
Marisa Firmino da S. Sanches


Oração aos Exús

Saravá a vossa banda!

Salve senhores Exús, donos das encruzilhadas, cemitérios,caminhos, campos, matas, becos, lugares ocultos e perigosos do astral inferior.

A vós, que habitais o limiar entre as trevas e luz, saudamos com respeito e devoção!

A vós, orixás executores e transformadores da Lei e da Justiça Divina, nos dirigimos, pedindo que abram nossos caminhos, desatando os nós dos laços que amarram nossas vidas e impedem o desenrolar de nossas atividades diárias.

Traga-nos sorte, crescimento e vitórias em nossas vidas profissionais e em nossos negócios! Ajudem-nos a manter a união de nossas famílias, o respeito, o equilíbrio e a força interior de cada um de nós! Anulem ciúmes, inveja, mal olhado e feitiços que, por ventura inimigos façam contra nós!

Afastem os obstáculos que possam nos fazer tropeçar ou escorregar, causando-nos quedas que manchem nossas almas com profundidade, a ponto de marcá-la por várias encarnações. Deem-nos força e vitalidade para que consigamos eliminar esses obstáculos e recuperar nossa integridade espiritual.

Sejam nossos protetores da Esquerda, servindo de escudo contra os ataques das vibrações negativas e seres trevosos que queiram nos atingir e destruir. Intuam-nos também, contra a atuação mental dos inimigos declarados ou ocultos, para que não caiamos em armadilhas perigosas que nos prejudiquem e enfraqueçam!

Nós vos pedimos, para que nos defendam da atuação dos obsessores, quiumbas e outros tipos de seres trevosos que tentem se aproximar de nós e sugar nossa energia e vitalidade! Mantenha-nos harmoniosos e equilibrados com as forças dos sagrados orixás de luz, vossos senhores! (…)

Com o vosso poder, concedido pelos senhores orixás de luz, movimentando forças ocultas, sabemos que seremos protegidos, amparados e fortes diante dos obstáculos, colocados em nossa vida pela maldade alheia.

Agradecemos tudo o que fizerem por nós e pedimos, do alto, grandes bênçãos e aumento cada vez maior da Vossa força e luz, que refletirá em vossos protegidos!

Laroiê Exú, Exú Omojubá, Saravá!

(Manual Doutrinário, ritualístico e comportamental Umbandista – Madras)


Por que oferendar nossos Guardiões no final do ano?

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Por que oferendar nossos Guardiões no final do ano?

A pergunta correta deveria ser “Por que NÃO oferendar nossos Guardiões?” Todos nós já sabemos que na Umbanda não barganhamos com nenhuma entidade, não difundimos a ideia de trocar elementos por pedidos. Hoje, com tantos ensinamentos e conhecimentos transmitidos pelas próprias entidades, entendemos que todos os elementos dispostos em uma oferenda serão manipulados no astral e deles serão retirados sua essência: essa essência será utilizada a nosso favor!

Nossa casa, Tenda de Umbanda Pai Oxalá e Caboclo Pena Preta sempre prezou pela máxima de que “quantidade não é qualidade”. Sendo assim, fica fácil compreender que não adianta você dispor de uma cesta repleta de frutas, bebidas e charutos e não oferendá-los com respeito e amor. Optamos por cada médium contribuir com um elemento e assim fazer valer o termo “irmandade”. Dessa forma, todos serão atendidos em seus pedidos, de acordo com seus merecimentos, independente de levar uma cesta de itens ou apenas um.

Nossas entidades, nossos Guardiões estão conosco o tempo todo e a maior oferenda que podemos lhes dar é nossa felicidade. É viver nossa vida de forma plena, amando, respeitando e zelando de nossa reforma íntima. Milhares de cestas ofertadas não serão suficientes se não fizermos nossa parte: buscar a cada dia ser uma pessoa melhor!

O momento da oferenda, da manipulação do elementos deve ser de concentração e bons pensamentos. Agradecer em primeiro lugar por esse ano, por conquistas, pela saúde, pela família e depois pedir, sempre o bem. Peça aos Guardiões pela sua segurança e de seus entes queridos, peça caminhos abertos, peça saúde, o equilíbrio e principalmente a paz interior. Estando em paz, atravessamos qualquer situação à nossa volta!

 Que nossos guardiões estejam conosco sempre,

Elza MAria Firmino da Silva

Marisa Firmino da S. Sanches



Ciganos na Umbanda

A LINHA DOS CIGANOS NA UMBANDA       

Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, no entanto poucos se deram ao trabalho de estudá-la e divulgá-la como mais uma de nossas linhas ou correntes espirituais.

É uma linha especial, pois tem seus rituais e fundamentos adaptados à Umbanda, já que eles remontam a um passado multimilenar e estão ligados ao próprio povo cigano cuja origem parece ser do antigo Egito, Europa Central, ou da Índia, segundo algumas informações.

Mas a origem não é importante para o nosso estudo e sim o que esses espíritos realizam como corrente espiritual voltada ao plano material.

O povo cigano tem suas cerimônias próprias e seus rituais coletivos adaptados à Umbanda e suas sessões são muito apreciadas e concorridas, pois seus trabalhos estão voltados para as necessidades mais terrenas dos consulentes.

É uma linha espiritual em franca expansão e temos até linhas da Esquerda “ciganas” tais como Senhor Exú Cigano e Senhora Pombagira Cigana(…).

Esses espíritos trabalham sob as irradiações dos orixás, mas louvam Santa Sarah Kali, que é a padroeira deste povo, nômade por natureza e por instinto de sobrevivência.

Ainda que não esteja muito bem definido, sob qual das sete irradiações atuam, nós os classificamos, por enquanto, como “do tempo” e os associamos às linhas espirituais regidas pelos orixás temporais: Oyá, Iansã e Oxalá.

Mas o tempo os definirá, pois é uma corrente espiritual expressiva dentro da religião umbandista e é um mistério em si mesma.

(Umbanda Sagrada – Religião, Ciência, Magia e Mistérios

Rubens Saraceni, Madras)


Oração a pai Oxumaré

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Amado e Divino Pai Oxumaré!

Clamamos vossas sete luzes divinas renovadoras dos nossos sentimentos já cansados e esgotados pela luta do ser e existir.

Amado Pai, nos envie vossos fatores positivos para que inundados com eles, possamos ser instrumentos renovadores na vida do nosso semelhante e na nossa vida.

Dilua todo negativismo que vive em nosso íntimo, todas impurezas e vícios que carregamos no decorrer de nossas encarnações.

Envolva com suas cores vivas todos espíritos sofredores que estejam ligados a nós neste momento ou a cordões kármicos, e envolvidos em vossas cores sagradas, que eles sejam curados, tenham suas dores aliviadas e seus mentais reequilibrados.

Pai, também clamamos que envie suas forças renovadoras aos hospitais, presídios, orfanatos, asilos e a todos que imploram por uma nova chance de evoluir e que se encontram na escuridão por ter se afastado do Divino Criador.

Olhe por nossos familiares e amigos encarnados ou desencarnados. Que eles recebam a benção das sete luzes vivas e divinas do Arco Iris Sagrado.

Pai Oxumaré, nos proteja hoje e sempre em nossa caminhada evolutiva no maravilhoso planeta Terra!!!

Salve Pai Oxumaré!

Arroboboiô!


Evangelho no lar a Obaluayiê

Ritual: acender a vela branca ladeada com as pétalas, ervas e a jarra com água. Pode-se acender um incenso.
Caso tenha algum nome ou foto, colocar ao lado da vela.

Oração: rezar a Ave Maria, o Pai Nosso ou outra que seja do agrado iniciando assim a sessão do Evangelho.

Leitura do texto

Explanação: as pessoas que se sentirem a vontade, poderão expor suas opiniões em relação ao texto.

Evocação:
Amado pai Obaluayiê, nós familiares e amigos aqui reunidos, vos evocamos e pedimos que nos cure dos males e doenças que nos afligem, ou a todas as pessoas, espíritos e criaturas que aqui não puderam chegar mas estão ligadas a nós pelos invisíveis fios do destino.
Oh, Mestre da Vida, proteja seus filhos para que suas vidas sejam marcadas pela saúde. Vós que sois o limitador das enfermidades. Vós, médico dos corpos terrenos e almas eternas. Suplicamos sua misericórdia aos males que nos afetam! Que suas chagas abriguem nossas dores e sofrimentos. Concede-nos corpos sadios e almas serenas. Mestre da Cura, amenize os sofrimentos que escolhemos resgatar nessa encarnação!
Atotô Obaluayiê, meu Pai!

Encerramento: ao termino do culto, as pessoas poderão beber a água fluidificada. Os moradores poderão se beneficiar com banho utilizando as pétalas das flores ou ervas.

Texto para leitura:
Evolução
Evoluir significa crescer, aprimorar, lapidar, transformar, crescer mentalmente, passar de um estágio a outro, ascender em uma linha de vida de forma contínua e estável. Significa uma renovação contínua do ser, uma reposição constante de valores, deixando para trás conhecimentos ultrapassados, hábitos e costumes inadequados, atitudes e posturas velhas e decadentes.
Pai Obaluayiê é o orixá que desperta em cada um de nós a vontade irresistível de seguir adiante, de alcançar um nível de vida superior, para chegar mais perto de Deus.
A evolução costuma ser representada por uma espiral ascendente de progresso, por onde todos nós caminhamos. Podemos, por vezes, ficar parados em algum lugar dessa espiral, o que significa uma perda de tempo precioso. Podemos até escorregar para trás, perda ainda maior de tempo e trabalho mas, continuamos sempre. Não há como escapar ao processo evolutivo.
A evolução é uma situação pessoal. Ninguém evolui no lugar do outro ou pelo outro. E o mais importante é que ninguém evolui de forma isolada; ninguém evolui sozinho.
Todos nós temos em nosso interior um potencial de incrível poder transformador e, junto da evolução pessoal, devemos desenvolver ações amorosas e engrandecedoras, apoiadas no sentimento do verdadeiro perdão. Precisamos eliminar os bloqueios que atrapalham nossa evolução, dedicando diariamente alguns minutos, para perdoar as pessoas que, de alguma forma, nos ofenderam, prejudicaram, rejeitaram, odiaram ou causaram dificuldades.

É necessário perdoar, especialmente, aqueles que nos provocaram, até que perdêssemos a paciência e reagíssemos violentamente, sentindo, depois, vergonha, remorso e culpa.
Devemos, também, pedir perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente ou inconscientemente, ofendemos, injuriamos, prejudicamos ou desagradamos. Só assim poderemos estar livres da necessidade compulsiva de sofrer.

Vamos, a partir de agora, sob o amparo de nosso pai Obaluayiê, iniciar uma nova etapa de nossas vidas, sendo boa companhia para as pessoas que nos cercam e compartilhando sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso e evolução de todos.

Salve Pai Obaluayiê, orixá do perdão, da cura, das passagens e de todas as transformações!

Atotô meu Pai!

(Manual doutrinário ritualístico e comportamental umbandista – Editora Madras – adaptado)