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Por que oferendar nossos Guardiões no final do ano?

Category : Central de Estudos

Por que oferendar nossos Guardiões no final do ano?

A pergunta correta deveria ser “Por que NÃO oferendar nossos Guardiões?” Todos nós já sabemos que na Umbanda não barganhamos com nenhuma entidade, não difundimos a ideia de trocar elementos por pedidos. Hoje, com tantos ensinamentos e conhecimentos transmitidos pelas próprias entidades, entendemos que todos os elementos dispostos em uma oferenda serão manipulados no astral e deles serão retirados sua essência: essa essência será utilizada a nosso favor!

Nossa casa, Tenda de Umbanda Pai Oxalá e Caboclo Pena Preta sempre prezou pela máxima de que “quantidade não é qualidade”. Sendo assim, fica fácil compreender que não adianta você dispor de uma cesta repleta de frutas, bebidas e charutos e não oferendá-los com respeito e amor. Optamos por cada médium contribuir com um elemento e assim fazer valer o termo “irmandade”. Dessa forma, todos serão atendidos em seus pedidos, de acordo com seus merecimentos, independente de levar uma cesta de itens ou apenas um.

Nossas entidades, nossos Guardiões estão conosco o tempo todo e a maior oferenda que podemos lhes dar é nossa felicidade. É viver nossa vida de forma plena, amando, respeitando e zelando de nossa reforma íntima. Milhares de cestas ofertadas não serão suficientes se não fizermos nossa parte: buscar a cada dia ser uma pessoa melhor!

O momento da oferenda, da manipulação do elementos deve ser de concentração e bons pensamentos. Agradecer em primeiro lugar por esse ano, por conquistas, pela saúde, pela família e depois pedir, sempre o bem. Peça aos Guardiões pela sua segurança e de seus entes queridos, peça caminhos abertos, peça saúde, o equilíbrio e principalmente a paz interior. Estando em paz, atravessamos qualquer situação à nossa volta!

 Que nossos guardiões estejam conosco sempre,

Elza MAria Firmino da Silva

Marisa Firmino da S. Sanches



Ciganos na Umbanda

A LINHA DOS CIGANOS NA UMBANDA       

Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, no entanto poucos se deram ao trabalho de estudá-la e divulgá-la como mais uma de nossas linhas ou correntes espirituais.

É uma linha especial, pois tem seus rituais e fundamentos adaptados à Umbanda, já que eles remontam a um passado multimilenar e estão ligados ao próprio povo cigano cuja origem parece ser do antigo Egito, Europa Central, ou da Índia, segundo algumas informações.

Mas a origem não é importante para o nosso estudo e sim o que esses espíritos realizam como corrente espiritual voltada ao plano material.

O povo cigano tem suas cerimônias próprias e seus rituais coletivos adaptados à Umbanda e suas sessões são muito apreciadas e concorridas, pois seus trabalhos estão voltados para as necessidades mais terrenas dos consulentes.

É uma linha espiritual em franca expansão e temos até linhas da Esquerda “ciganas” tais como Senhor Exú Cigano e Senhora Pombagira Cigana(…).

Esses espíritos trabalham sob as irradiações dos orixás, mas louvam Santa Sarah Kali, que é a padroeira deste povo, nômade por natureza e por instinto de sobrevivência.

Ainda que não esteja muito bem definido, sob qual das sete irradiações atuam, nós os classificamos, por enquanto, como “do tempo” e os associamos às linhas espirituais regidas pelos orixás temporais: Oyá, Iansã e Oxalá.

Mas o tempo os definirá, pois é uma corrente espiritual expressiva dentro da religião umbandista e é um mistério em si mesma.

(Umbanda Sagrada – Religião, Ciência, Magia e Mistérios

Rubens Saraceni, Madras)